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Segunda-feira, 13 de Outubro de 2025 | Horário: 09:30
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São Paulo é única cidade da América do Sul indicada para programa internacional de cultura

Mais que reconhecimento simbólico, World Cities Culture Forum chancela capital como potência neste que é um dos programas internacionais mais prestigiados voltados à integração entre cultura, economia e urbanismo

São Paulo foi a única cidade da América do Sul indicada para participar do World Cities Culture Forum (WCCF) de 2025, um programa entre lideranças internacionais com foco em cultura. Esta participação é muito mais do que um reconhecimento simbólico: é uma chancela internacional da capital como potência cultural, criativa e econômica global. Além de mostrar o que a cidade faz de melhor, São Paulo cada vez mais se consolida como a capital criativa e multicultural mais importante do hemisfério sul.

WCCF é uma rede formada por mais de 40 cidades criativas ao redor do mundo, de seis continentes, que colocam a cultura como parte essencial do planejamento urbano e do investimento público.

cúpula anual do WCCF acontece em uma cidade diferente do grupo, onde secretários de cultura, prefeitos, gestores públicos e especialistas se reúnem para debater os problemas mais urgentes enfrentados. A próxima edição acontece de 15 a 17 de outubro em Amsterdã, promovendo um verdadeiro intercâmbio entre lideranças de 19 cidades da Ásia, Europa, América do Sul e do Norte. São elas:

  1. Amsterdã (Holanda)
  2. Barcelona (Espanha)
  3. Boston (Estados Unidos)
  4. Colônia (Alemanha)
  5. Dubai (Emirados Árabes Unidos)
  6. Cantão (China)
  7. Jacarta (Indonésia)
  8. Kiev (Ucrânia)
  9. Londres (Inglaterra)
  10. Los Angeles (cidade e condado, nos Estados Unidos)
  11. Milão (Itália)
  12. Montreal (Canadá)
  13. Nova Iorque (Estados Unidos)
  14. São Francisco (Estados Unidos)
  15. São Paulo (Brasil)
  16. Estocolmo (Suécia)
  17. Toronto (Canadá)
  18. Vancouver (Canadá)
  19. Varsóvia (Polônia)

Durante o programa, os líderes das cidades fazem visitas e estudos de campo para observar boas práticas culturais, como políticas de incentivo à arte, urbanismo cultural, ocupação de espaços públicos e gestão de eventos criativos. Essas observações depois se transformam em pesquisas e recomendações que ajudam cada cidade a aplicar novas políticas culturais de impacto social e econômico.

Os participantes poderão compartilhar ações culturais que geraram impactos sociais significativos sobre políticas culturais, infraestrutura cultural, economia criativa, turismo cultural, cultura noturna, preservação do patrimônio, entre outros temas, e assim, inspirar metrópoles a levar cultura para o centro da economia.

Desde 2018, o programa de liderança auxiliou mais de 185 líderes de 22 cidades do mundo a chegar em mudanças consideráveis. Os intercâmbios anteriores foram um dos principais incentivos para programas como o Creative Land Trust, que oferece espaços com preços acessíveis para artistas ao redor do mundo.

 

Participação de São Paulo
Ser a única cidade da América do Sul selecionada coloca São Paulo no mesmo patamar de Londres, Nova York, Amsterdã e Barcelona — cidades que são referência mundial em políticas de cultura e urbanismo — projetando a capital paulista como um modelo de cidade criativa, capaz de usar a cultura como motor de desenvolvimento e de articulação social. Mais que isso, a participação no Fórum abre portas para parcerias internacionais, acesso a financiamento, programas de intercâmbio cultural e troca de tecnologias urbanas.

Na próxima cúpula anual, São Paulo participa com Boston, discutindo formas de fortalecer a economia criativa e o trabalho cultural do futuro. Isso pode inspirar políticas locais voltadas à formação profissional, ampliação de espaços culturais, incentivo a startups criativas e requalificação de regiões urbanas. São Paulo, que já é referência em eventos como The Town, Virada Cultural e Lollapalooza, por exemplo, ganha acesso a experiências de cidades que transformaram seus centros urbanos em polos de convivência noturna, com mais vida, turismo e economia local.

 

Para uma cidade participante, como São Paulo, estar no WCCF significa:

  • reconhecimento internacional de que cultura é estratégica para o desenvolvimento urbano, não apenas lazer;
  • acesso a modelos e melhores práticas de outras cidades para resolver problemas concretos (como financiamento, espaços de cultura, sustentabilidade, impacto social);
  • visibilidade para atrair investimento, turismo e cooperação internacional;
  • fortalecimento de políticas culturais locais, com mais inovação e capacidade de responder a desafios globais (como clima, desigualdade, inclusão).


World Cities Culture Forum de 2025
World Cities Culture Forum é líder em networking global de líderes de até 45 cidades criativas em seis continentes. Essas pessoas compartilham ideias e soluções para construir um mundo onde cultura é o coração de cidades prósperas. A ideia central é que a cultura — arte, patrimônio, expressão criativa — não seja apenas parte do entretenimento, mas um motor de desenvolvimento sustentável, coesão social, inclusão, bem-estar e identidade local.

 

Confira os temas que serão tratados do World Cities Culture Forum de 2025:

  1. Como construir uma economia noturna resiliente
    Cidades: Amsterdam (Holanda), Colônia (Alemanha), Dubai (Emirados Árabes Unidos), Cantão (China), Londres (Inglaterra), São Francisco (Estados Unidos), Estocolmo (Suécia) e Toronto (Canadá).
    Sinopse: O foco desse intercâmbio é focar em abordagens e colaboração para construir uma economia noturna à prova do futuro e que coloque a cultura no centro de uma cidade que funciona 24 horas.
  2. Como desenvolver a economia prateada (para pessoas acima de 50 anos)
    Cidades: Cantão (China) e Londres (Inglaterra)
    Sinopse: Participantes deste intercâmbio vão mergulhar no papel da cultura em desenvolver o potencial da economia prateada para melhorar a qualidade de vida para adultos acima de 50 anos e criar cidades resilientes e amigas de todas as idades.
  3. Como repensar a comemoração em espaços urbanos
    Cidades: 
    Amsterdam (Holanda), Londres (Inglaterra), Nova Iorque (Estados Unidos), Kiev (Ucrânia) e Varsóvia (Polônia).
    Sinopse: Em meio a históricos complexos de guerra, colonização, migração e justiça social, este intercâmbio explora como as cidades podem utilizar da melhor forma os espaços públicos e como representar narrativas conflitantes no espaço urbano.
  4. Como auxiliar a força do trabalho na economia criativa
    Cidades: Boston (Estados Unidos) e São Paulo (Brasil).
    Sinopse: Esse intercâmbio irá explorar modelos para certificar que a economia criativa da cidade continue dando certo mesmo no futuro através da conexão de Boston e São Paulo.
  5. Como co-criar arte pública
    Cidades:
     Jacarta (Indonésia) e Milão (Itália)
    Sinopse: Esse intercâmbio destaca como instituições culturais e comunidades podem colaborar para criar arte pública que reflete a identidade local e que promove o orgulho do munícipe.
  6. Como criar avenidas para pedestres
    Cidades: Barcelona (Espanha) e Londres (Inglaterra)
    Sinopse: Barcelona traz a experiência que tem com a Avenida La Rambla, uma das vias mais movimentadas por pedestres que liga a Praça da Catalunha ao Porto Velho, na Cidade Velha, para compartilhar com Londres, que tem um projeto para transformar a Rua Oxford em um local sem circulação de veículos.
  7. Como criar uma cidade de filme bem sucedida
    Cidades: 
    Londres (Inglaterra), Los Angeles (Cidade e Condado, nos Estados Unidos), Nova Iorque (Estados Unidos), Montreal (Canadá), Toronto (Canadá) e Vancouver (Canadá)
    Sinopse: Esse intercâmbio vai explorar estratégias para fomentar a colaboração e a resiliência entre as principais cidades onde filmes são gravados e compartilhar os desafios da indústria.
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