Subprefeitura Cidade Tiradentes
Ministério dos Transportes estuda implementar Faixa Azul da Prefeitura de São Paulo em todo o país
Após três anos da implantação da primeira Faixa Azul na cidade de São Paulo, hoje responsável pela redução de 47,2% no número de mortes envolvendo motociclistas, o Ministério dos Transportes estuda implantar a iniciativa em todo o país. Após analisada a eficiência da Faixa Azul, a regulamentação que a torna obrigatória poderá ser implementada em abril do ano que vem, de acordo com técnicos do Ministério dos Transportes.
A Secretaria Nacional de Trânsito analisa criteriosamente os relatórios enviados a cada três meses pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) com todos os aspectos da Faixa Azul — como o impacto no fluxo de veículos, a velocidade média da via e a ocorrência de acidentes, com ou sem vítimas. Os dados são compilados pela equipe técnica para que todos os detalhes envolvendo a estrutura sejam analisados e são eles que vão embasar a avaliação da viabilidade da medida e podem subsidiar uma eventual regulamentação nacional.
Algumas cidades já se inspiraram no modelo da capital, como Recife (PE), Salvador (BA), Santo André (SP) e São Bernardo do Campo (SP). Esses municípios já receberam autorização para adotar a sinalização em caráter experimental. O Distrito Federal e Belo Horizonte (MG) também avaliam a adoção da medida, motivados pelos resultados obtidos em São Paulo.
Desde 2022, quando a primeira faixa foi inaugurada na Avenida 23 de Maio, a cidade passou a expandir a iniciativa. Hoje, a capital conta com 232,7 km de faixa azul distribuídos em 46 vias, beneficiando cerca de 500 mil motociclistas.
De acordo com dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a Faixa Azul reduziu o número de óbitos de 36 em 2023, para 19 em 2024 (queda de 47,2%) nos trechos de vias em que a sinalização foi implantada. Dados do Infosiga mostram que a capital reduziu o número de mortes de motociclistas. No primeiro semestre de 2025, enquanto o Estado de São Paulo registrou alta de 5,6%, a capital teve queda de 7,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
Na Avenida 23 de Maio, por exemplo — uma das vias com maior fluxo de motos na cidade —, a redução foi de 53% nas mortes de motociclistas após a implementação da Faixa Azul. Em outras vias, como a Avenida dos Bandeirantes e a Avenida Salim Farah Maluf, também foram registradas quedas consistentes nos índices de acidentes fatais, comprovando a eficácia do modelo.
Com mais de 1,4 milhão de motos circulando diariamente pelas ruas da capital, a Faixa Azul representa um passo estratégico na proteção da vida e na convivência mais segura entre diferentes modais.
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