Secretaria Municipal da Saúde

Sexta-feira, 1 de Agosto de 2025 | Horário: 11:00
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Agosto Dourado: UBSs têm papel importante no apoio à amamentação

Equipes multiprofissionais das unidades criam laços com as futuras mães e incentivam o aleitamento materno exclusivo
A imagem mostra um grande grupo de pessoas reunidas ao ar livre, em um ambiente arborizado e ensolarado, possivelmente um parque. A maioria está sorrindo, com os braços levantados, celebrando ou posando para a foto em clima de alegria e união. Entre os presentes, há muitas mulheres, crianças, bebês e alguns homens, com destaque para camisetas cor-de-rosa — cor símbolo da amamentação — e cartazes com mensagens relacionadas ao evento.  No centro da imagem, uma faixa com a palavra “Mamaço” indica que se trata de uma ação coletiva de incentivo à amamentação. No canto inferior direito, outro cartaz identifica a participação da UBS Jardim Roseli. As pessoas estão distribuídas em degraus e no chão, em frente a uma área sombreada por árvores, compondo um retrato vibrante de engajamento comunitário.  A imagem expressa acolhimento, diversidade e apoio mútuo, alinhando-se à campanha do Agosto Dourado e à promoção do aleitamento materno.

Mulheres participam do Mamaço de 2024, realizado no Parque do Carmo, na zona leste (Acervo/SMS)

As 479 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da capital são também espaços de aprendizado em saúde. As gestantes recebem assistência durante todo o pré-natal, com orientação sobre a importância da amamentação, tanto do ponto de vista nutricional quanto como vínculo entre mãe e bebê. Após o parto, o suporte segue com as puérperas e nutrizes, ajudando-as a manter o aleitamento exclusivo até os 6 meses do bebê.

No Agosto Dourado, mês que inclui a 33ª Semana Mundial da Amamentação, o Dia Mundial da Amamentação (1/8) e a 8ª Semana da Primeira Infância, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) destaca ações das UBSs que promovem a amamentação como aliada na redução da morbimortalidade infantil.

“Estamos comprometidos com a saúde integral das crianças e, para isso, importa a saúde das mães. A maternidade é uma fase de grandes mudanças físicas, emocionais e sociais. Embora associada ao amor e à plenitude, a chegada do bebê pode provocar sentimentos como tristeza, medo e angústia. Por isso, é essencial uma rede de apoio, pessoas que acompanhem a mulher, dividam tarefas, cuidem de sua saúde e a acompanhem nas consultas. A mãe precisa de suporte emocional, prático e de informações claras sobre a amamentação”, afirma Athene Maria de Marco França Mauro, Coordenadora da Área Técnica de Saúde da Criança e do Adolescente. “As equipes das UBSs apoiam as mães para que não desistam de amamentar. Por isso, é fundamental comparecer às consultas de pré-natal, puericultura e puerpério”, completa Athene. Segundo ela, gestantes e puérperas encontram nas UBSs uma rede de apoio além dos laços familiares.

O leite materno é completo em sua composição, reunindo todos os nutrientes, proteínas, gorduras, vitaminas e água que o bebê precisa até os seis meses. De fácil digestão, aumenta sua produção com o aumento das mamadas. Protege contra infecções respiratórias, diarreia, alergias, hipertensão, diabetes e colesterol alto, além de contribuir para o desenvolvimento cognitivo e da saúde bucal. A amamentação também reforça o vínculo afetivo com o bebê, ajuda a reduzir o sangramento pós-parto, contribui para o retorno do útero ao tamanho normal, tem efeito contraceptivo e reduz o risco de câncer de mama, útero e ovário.

A recomendação da Organização Mundial de Saúde, seguida pelo Ministério da Saúde e pela SMS, é o aleitamento exclusivo até o 6º mês e, após, sua continuidade com alimentação complementar até os 2 anos ou mais, se mãe e criança desejarem.

Salas Pontos de Afeto
Para estimular a amamentação também nos prédios da Prefeitura, a Secretaria Municipal de Gestão (SEGES) criou o projeto “Pontos de Afeto”, que oferece salas adequadas e privativas para extração e armazenamento de leite às servidoras no retorno da licença-maternidade. A ação integra o Plano Municipal pela Primeira Infância 2018-2030.

Dez salas já foram implantadas em locais como SMS, Fazenda, Educação, Subprefeituras de São Mateus e Aricanduva, entre outros. A Prefeitura trabalha para expandir o projeto como referência a outras salas públicas de apoio à amamentação.

Iniciativas nas regiões
Durante o Agosto Dourado, as UBSs das cinco regiões promovem atividades como palestras, rodas de conversa, gincanas e orientações. Os temas incluem nutrição para gestantes, fortalecimento da amamentação, alimentação das puérperas, direitos de quem amamenta e o Estatuto da Criança.
Entre os destaques está a 10ª Gincana da zona leste, com coleta de frascos e leite para os bancos de leite. Outro evento é o 7º Mamaço, inspirado em ação iniciada na França, que será realizado em 2 de agosto, no piscinão do Parque do Carmo, a partir das 9h.

“Este movimento reforça o direito da mulher de amamentar onde quiser”, afirma Edjane Araújo, assessora técnica da saúde da mulher e aleitamento materno da Coordenadoria Regional de Saúde Leste.

A imagem mostra uma mulher segurando um boneco que simula um bebê em posição de amamentação. Ela veste um avental azul com estampa geométrica branca, no qual estão costurados dois seios de crochê, usados como recurso educativo sobre amamentação. No avental, há também três bottons com dizeres de incentivo ao aleitamento materno: “EU ❤️ AMAMENTAÇÃO”, “QUER AMAMENTAR COMO EU?” e “Eu apoio”.  A cena ocorre ao ar livre, em ambiente arborizado, com outras pessoas visíveis ao fundo, desfocadas. A imagem retrata uma ação de sensibilização e promoção da amamentação, possivelmente durante uma oficina ou evento ligado ao Agosto Dourado.
Mãe amamenta durante o Mamaço de 2024 (Acervo/SMS)

“Participei de duas edições do Mamaço. O evento é necessário para todas as lactantes, incluindo as em amamentação prolongada, pois incentiva e promove trocas de experiências entre mães, fundamentais para nosso empoderamento”, diz Luciana de Paula Morais, dentista e trabalhadora da saúde, que enfrentou desafios ao amamentar a primeira filha durante a pandemia e hoje está na segunda gestação. “Quando a fase do gestar e maternar ocorre com acolhimento, troca e orientação profissional, a tomada de decisões é baseada no conhecimento”, conclui.

 

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