Secretaria Municipal da Saúde

Sexta-feira, 31 de Outubro de 2025 | Horário: 16:00
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Saúde da Capital participa de Simpósio de Combate ao AVC na Alesp

SMS destaca protocolo integrado para AVC na rede pré-hospitalar e hospitalar, com uso de trombolítico 100% custeado pela Prefeitura de São Paulo
A foto mostra um auditório cheio, com dezenas de pessoas sentadas assistindo a uma apresentação. À frente, há uma mesa com quatro pessoas — três sentadas e uma mulher em pé, falando ao microfone e apontando para um telão. No telão é exibido um mapa da cidade de São Paulo, com a divisão por Coordenadorias Regionais de Saúde e informações populacionais. Ao lado do palco estão as bandeiras do Brasil e do estado de São Paulo. À esquerda, um banner com os dizeres “Não ao AVC!” é segurado por um homem próximo à parede. O ambiente tem iluminação clara e aspecto institucional, indicando um evento oficial, possivelmente ligado à Secretaria Municipal de Saúde

Gislane Fazzolari durante apresentação na Alesp (Acervo/SMS)

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) participou, nesta quinta-feira (30), do Simpósio Estadual Prevenção e Tratamento do AVC, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). O evento, alusivo ao Dia Mundial de Combate ao Acidente Vascular Cerebral (29), reuniu autoridades, profissionais de saúde, gestores públicos e representantes de instituições hospitalares com um mesmo propósito: fortalecer a rede de atenção ao AVC no Estado de São Paulo e salvar vidas.

O Acidente Vascular Cerebral é a segunda causa de morte e incapacidade entre adultos no mundo. A cada quatro pessoas, uma terá AVC durante a vida. E 90% dos casos de AVC podem ser evitados por meio da prevenção em saúde. Entre as condições que podem levar a esse problema estão a hipertensão, o diabetes, o colesterol alto, a obesidade, o tabagismo, o consumo de álcool, entre outros fatores.

A mesa de abertura foi composta pelo presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o deputado André do Prado, pela assessora técnica de Atenção Hospitalar Gislane Fazzolari, representando a saúde municipal; pela irmã Rosane Ghedin, diretora-presidente da Casa de Saúde Santa Marcelina, representando a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp), por Otavio Marques Pontes Neto, coordenador da Rede Nacional de Pesquisa em AVC do Ministério da Saúde (MS), por Elisabete Liso, assessora técnica da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, e por Danilo Oliveira, representando o Conselho dos Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems-SP).

Entre os assuntos abordados no evento estiveram “O papel do Legislativo na construção de políticas públicas de saúde”, “O panorama global do AVC: aprendizados para SP e Brasil”, “Linha de Cuidado do AVC em SP: avanços e perspectivas”, “Integração entre hospitais filantrópicos e o SUS”, “Integração regional: da atenção primária à alta complexidade” e “Projeto AVC na SMS-SP: inovação e resultados preliminares”.

Ações da SMS
Em sua apresentação, Gislane apresentou ao público a estratégia da saúde municipal no tratamento do AVC, reforçando que a pasta está empenhada na excelência do atendimento, e que a Prefeitura de São Paulo custeia 100% do tratamento do AVC com o uso de trombolíticos.

“A Prefeitura tem custeado, em média, anualmente, R$ 2 milhões em medicamentos trombolíticos para o tratamento precoce de um AVC agudo, que salva vidas, reduz sequelas e devolve esse paciente ao lar para uma vida produtiva em menor tempo”, destacou a assessora técnica. Ela também ressaltou o trabalho realizado na atenção primária, por meio de protocolos assertivos de controle da pressão arterial, do diabetes, da ansiedade, da obesidade e de outros fatores de risco para o AVC. Outra preocupação é com a identificação dos primeiros sinais de ocorrência de um AVC no próprio ambiente familiar. “Mais do que o atendimento de emergência, temos foco em prevenção, por meio da educação em saúde.”

O tratamento do AVC pode ser realizado até quatro horas e trinta minutos após o início dos sintomas, por meio do uso de medicamentos trombolíticos para dissolver coágulos ou de trombectomia (com inserção de cateter), conforme elegibilidade e indicação médica. O protocolo para AVC da SMS permite até 60 minutos para a aplicação do medicamento, e a meta é alcançar 30 minutos.

Novidades na Rede
Em novembro, a SMS anunciará novos hospitais municipais reconhecidos com o selo diamante da RES-Q, da Organização Europeia de AVC. Já conquistaram o selo de qualidade internacional os hospitais municipais Alípio Corrêa Netto (Ermelino Matarazzo), Fernando Mauro Pires da Rocha (Campo Limpo), São Luiz Gonzaga e Josanias Castanha Braga (Parelheiros).

Além disso, ainda em novembro, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) de São Paulo terá suas ambulâncias integradas aos hospitais por meio do rastreamento realizado em um aplicativo, com o objetivo de agilizar o atendimento hospitalar. Também está prevista, dentro da Rede AVC Integrada, a implementação do programa Fast Heroes, para crianças de 6 a 10 anos, no currículo escolar.

Hospital recebe reconhecimento
Durante o evento, o Hospital Municipal Fernando Mauro Pires da Rocha recebeu o Certificado de Reconhecimento Público da Alesp “pelo compromisso exemplar com a promoção da saúde, a prevenção de doenças e a ampliação do acesso às informações de qualidade”. Também foi inaugurada a exposição “Cada Minuto Importa”, no Espaço Cultural V Centenário.

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